quinta-feira, 30 de dezembro de 2010

Quando perceberes quem és, nunca mais procurarás a presença de Deus, compreenderás, então, que tu és a presença de Deus.  

The Ocean in the Dewdrop, Francis J. Padinjarekara

A verdade

Há quem viva aterrorizado com os pecados e os infernos e por isso mesmo se negue viver. O homossexual que não ama porque acha que é pecado, o  casal apaixonado  que se esvazia por causa de contas-de-calendário-e-temperatura rectal, a jovem puritana castrada que se veste de velha, a catequista que colecciona rosários e adorações ao santíssimo mas não tem orgasmos, o homem que usa cilícios porque pensa que o seu deus se sacia com sacrifícios, ou o pobre diabo que vê apostasias na mensagem evangélica mais pura.
Mas o julgamento final é sobre outras coisas (Mt 25, 31-40):
Porque tive fome e destes-Me de comer, tive sede, e destes-Me de beber; era peregrino e recolhestes-Me; estava nu, e destes-Me de vestir; estive doente e visitastes-Me; estive na prisão e fostes ter Comigo’.
O que há de maravilhoso neste “Julgamento  final “é que é apresentado  de uma forma surpreendente.
Em primero lugar não é aplicado pela negativa – não interessa o que não fizeste mas o que realmente fizeste com a vida que te foi dada. As proibições ou normativos morais - os jejuns as abstinências as autoflagelações ou sacrifícios, tão essenciais para alguns,  de nada te valem quando estiveres face a face.
De igual modo, as proibições dos dez mandamentos parecem volatizar-se – o não matarás ou o não roubarás perdem a importância essencial. Do que se pede contas não é o mal que não fizeste, é outra coisa – o que fizeste de Bem aos outros, o que fizeste de Bem a  MIM. Um bem concreto, um bem eficaz, um bem que nem sempre se tem consciência absoluta.È essa a medida única do juízo final.

quarta-feira, 29 de dezembro de 2010

Arroja dixit

"O Papa Bento XVI é o Papa mais protestante que a Igreja Católica produziu nos últimos séculos"

A Fé dos homens

Eu sempre achei que os Japoneses são bastante inteligentes.

A deriva tridentina ou a infelicidade

"Assim, quando a Igreja se identificou como instituição de poder, começou o afastamento do Evangelho. Até Constantino e Teodósio, os pagãos diziam, referindo-se aos cristãos: "Vede como eles se amam." Depois, surgiu o poder sacro, à maneira do poder imperial, e tudo se modificou. Não é possível a uma pessoa que conheça minimamente o Evangelho e a História deixar de fazer perguntas como esta: como é que o Evangelho de- sembocou num Papa chefe de Estado, com uma Cúria imperial, e bispos a viver em palácios?
Quando se toma o poder sacro em nome de Deus, os perigos são imensos e terríveis. Até surge a tentação de "administrar" Deus. Então, quem não está com os "administradores" de Deus é herético e condenado. Lá está o perigo do fanatismo: somos a única religião verdadeira e todas as outras devem ser combatidas. Lá está o impedimento da liberdade de pensar e a censura. O pior é a imagem de um deus mesquinho, cruel, violento, causa de ateísmo e de infelicidade.Esses "administradores" da religião e do próprio Deus arrogam-se também o direito de administrar a moral e são eles então quem determina o que é bem e mal, o que se deve fazer e não fazer. E lá está o controlo do prazer pelo poder, porque o prazer subverte o poder. Lá está então uma sexualidade envenenada, a proibição dos contraceptivos, o celibato eclesiástico obrigatório e a sua grandeza e miséria. Lá está a pedofilia dos clérigos, ocultada para tentar preservar a instituição-poder."


Anselmo Borges, padre,  teólogo e filósofo, é docente da Faculdade de Letras da Universidade de Coimbra. Autor de várias obras, na área da sua formação académica, dirige a colecção "Religiões", da Casa das Letras.

No anoressia, parla Isabelle Caro, la modella di Toscani

Anorexia's Living Face

Isabel morreu de anorexia. Aos 28 anos. O seu jejum não era religioso como o das grandes santas medievais.

Finanças católicas

É desta que fecha o Banco do Vaticano.

José

"Há uma passividade injusta atribuída a José. O marido semi-enganado pelo Espírito Santo que se conforma, o esposo paciente que na teologia católica tolera a ausência da consumação física do seu casamento, o pai do Messias por empréstimo. Ao ler a Bíblia encontramos outra pessoa. Um noivo que tomava a iniciativa de afastar-se de Maria para proteger-lhe a reputação, um chefe de família executando um plano de fuga para o Egipto, um pai impaciente pelo desaparecimento do filho pré-adolescente para discutir religião no Templo. Suspeitamos que essa opacidade cultural de José tem mais a ver com o deslumbramento inculto com as velhas insinuações matriarcais (que no imediato limpam lágrimas pagãs) que com os espaços preenchidos ou nem tanto da Palavra. Ler é um compromisso com um consolo que pode demorar.
Redescobrir José é festejar a fidelidade de Deus. Afinal, sem o marido de Maria, Jesus não seria linhagem de David. Há muito pai para o Messias."
Voz do deserto

segunda-feira, 27 de dezembro de 2010

Reflexão de Natal

  • La tentación del restauracionismo
En estos momentos de profundos cambios socio-culturales en los que probablemente habría que tomar decisiones de gran alcance, parece ser que sectores muy importantes de la Iglesia se han decidido más bien por el restauracionismo. Volver al pasado y asegurar las cosas antes de que se nos caigan, con el riesgo de hacer del cristianismo una religión del pasado, una religión cada vez más anacrónica y menos significativa para las generaciones venideras.
En vez de ir caminando con los hombres y mujeres de hoy, colaborando desde el proyecto del Reino de Dios de que hablábamos ayer, hacia una sociedad más digna, más justa, más fraterna, más sana, parece que, sectores dirigentes muy importantes, tienden más bien a la conservación firme, rígida, disciplinada de la tradición religiosa. Es muy explicable porque, quienes tienen más responsabilidad, más suelen tender a este tipo de actuaciones instintivas.
A partir de aquí, en todos los sectores, no sólo en los dirigentes, sino en las bases también, se está infiltrando, casi sin darnos cuenta, un conservadurismo religioso que no se conocía después del Concilio y que yo creo que está lejos del espíritu profético y creativo de Jesús. Se vigila el cumplimiento estricto de la normativa, no hay concesión alguna a la creatividad, todo parece que ya está fijado para siempre y se diría que, lo único que hay que hacer, en estos tiempos de cambios socio-culturales tan profundos, es conservar y repetir el pasado. Yo lo veo explicable pero a mí, sencillamente, se me hace difícil reconocer en todo esto la invitación de Jesucristo a poner el vino nuevo en odres nuevos."

Kill santa

Parece que está na moda incentivar o suicídio do pai natal.

Qualquer dia vão assassinar  os reis magos em espanha, essa criação do consumismo hodierno.
Tal como o pai natal,  os reis magos usam  roupas quentes e trazem presentes para as crianças.


Claro que a desavergonhada comercialização de um  pendão de 15 euros ( transformado pelo Portocarrera em meio de eutanásia de velhinhas) nada tem a ver com o consumismo.

Um natal supéfeliz

(...) na semana seguinte o país foi consumido por uma orgia salazarenga de caridade e devoção. Os sem-abrigo casaram-se em barda, as mães de Cascais fizeram soufflés aos entrevados, a Júlia e o Goucha entrevistaram manetas, tuberculosos e débeis mentais. Os alcoólicos sorveram sopa com cheirinho, muito boa, muito quentinha. Um patego da Guarda trajou de pai natal e deu chocolates do Lidl à terceira idade.
Sim, eu esperava uma epifania e obtive-a: Portugal não está deprimido nem mortificado como se diz por aí. Pelo contrário, Portugal exulta. Portugal está em júbilo, porque bastou um ano de crise para reencontrar os seus pobrezinhos no adro da igreja, os seus velhos de pés em chaga, os meninos escalavrados a lamber o ranho e a estender as mãos. E já tinhamos todos tantas saudades."

Natal

John P. Meier é um sacerdote católico, especialista na análise dos evangelhos, tendo estudado na Universidade Gregoriana e no Instituto Bíblico de Roma, com várias obras publicadas.
Recomendações natalícias:
A Marginal Jew" vol. 4, Yale University Press, 2009.
John P. MEIER, “The Brothers and Sisters of Jesus in Ecumenical Perspective.” Catholic Biblical Quarterly 54 (1992) 1-28

O próximo ano trará uma pequena revolução à Igreja Católica em Portugal

A análise é de António Marujo e pode ser lida aqui.
Mas as mudanças poderão ser apenas formais a não ser que os Bispos vivam a sério o seu papel pastoral e não fiquem reféns de duas ou três caricaturas a que parece reduzida a doutrina católica no mundo de hoje.

Jesus Cristo era doido

sábado, 25 de dezembro de 2010

A lapidação de Maria

Tenho a certeza que muitos dos católicos tradicionalistas - os tais "verdadeiros católicos" - se vivessem algures  em Israel há dois  mil anos e conhecessem uma adolescente que apareceu grávida sem ser do marido seriam os primeiros a apedrejá-la até à morte como mulher adúltera.

Se as normas sobre moral sexual são para cumprir sempre, sem qualquer contextualização existencial ou avaliação caso a caso,  não há qualquer dúvida  que Maria cometeu adultério à luz da lei religiosa que a orientava.
E,  para os fundamentalistas,  as leis sobre o controlo do corpo das mulheres (ou seja, mesmo as normas mais idiotas sobre moral sexual e reprodução) são para cumprir, ainda que isso signifique a morte das mulheres.

sexta-feira, 24 de dezembro de 2010

Uma questão de saúde

Uma investigação recente  de Mota et al.( 2010) com uma amostra de 6000 inquiridos revelou que as pessoas solteiras ( homens e mulheres) que raramente ou nunca usavam preservativos têm baixos níveis de saúde mental. Este grupo apresentava o dobro da incidência de transtornos de humor incluindo Depressão  e tentativas de suicídio quanto comparado com pessoas que usavam regularmente  preservativos,  com uma vida sexual activa. 
Mota, Natalie P., et al. “Relationship Between Mental Disorders/Suicide and Three Sexual Behaviors: Results from the National Comorbidity Survey Replication.” Archives of Sexual Behavior 39 (2010): 724-34.

quinta-feira, 23 de dezembro de 2010

NORAD Track Santa in 2009

Entrevista a Leonardo Boff (1)la teologia de la liberacion. y la justicia

Natal

Vai nascer esta noite à meia-noite em ponto
num sótão num porão numa cave inundada
Vai nascer esta noite à meia-noite em ponto
dentro de um foguetão reduzido a sucata
Vai nascer esta noite à meia-noite em ponto
numa casa de Hanói ontem bombardeada
Vai nascer esta noite à meia-noite em ponto
num presépio de lama e de sangue e de ciscoVai nascer esta noite à meia-noite em ponto
para ter amanhã a suspeita que existe
Vai nascer esta noite à meia-noite em pontotem no ano dois mil a idade de Cristo
Vai nascer esta noite à meia-noite em ponto
vê-lo-emos depois de chicote no templo
Vai nascer esta noite à meia-noite em ponto
e anda já um terror no látego do vento
Vai nascer esta noite à meia-noite em ponto
para nos pedir contas do nosso tempo

David Mourão-Ferreira, Litania para o Natal de 1967

quarta-feira, 22 de dezembro de 2010

Natal

"....El Evangelio tiene algo muy fuerte, muy duro, que no nos cabe en la cabeza. A partir de la primera Navidad, que hubo en la historia, a Dios no se le encuentra ya en lo fuerte, sino en lo débil. No se le encuentra en lo grande, sino en lo insignificante. No se le encuentra en lo grandioso y lo notable, sino en lo que no pinta nada para nadie. No se trata de que el Evangelio representa un proyecto nihilista, inhumano. Se trata exactamente de todo lo contrario. El Evangelio es la afirmación más sublime de lo humano. Porque es evidente que quienes conocieron a Jesús, lo que vieron y palparon en él fue a un ser humano. Entonces, ¿por qué, desde antes de nacer y en su nacimiento, intervinieron los ángeles y la fuerza del Espíritu. Y todo eso, además, envuelto en sueños, apariciones, enigmas y manifestaciones de lo extraordinario y lo celestial?
Porque había que vencer nuestra pertinaz resistencia para aceptar que, desde el momento en que Jesús vino a este mundo, a Dios lo encontramos en nuestra propia humanidad."

Jose Maria Castillo

Jesus de nazaré

"Se puede decir que toda la actuación de Jesús está encaminada a crear una sociedad más saludable, más humana, más respirable, más llevadera… Recordad, por ejemplo, la rebeldía de Jesús frente a tantos comportamientos patológicos de raíz religiosa; cómo critica Jesús el rigorismo, el legalismo, el culto vacío de amor… Jesús quiere sanar la religión; su esfuerzo por crear una sociedad más justa y solidaria; su ofrecimiento de perdón gratuito a todos; su acogida a todos los maltratados por la vida o por la injusticia de los hombres…
Sus gritos, los últimos serán los primeros, las prostitutas os precederán en el Reino de Dios…, son gritos tremendos que están ahí resonando.
La frase que más se repite de Jesús es ¡No tengáis miedo! Hombres de poca fe, ¿por qué teméis? ¡Ánimo, yo he vencido al mundo! Es una llamada a la confianza, a vivir de otra manera."

terça-feira, 21 de dezembro de 2010

O nó górdio

Tanta obsessão da Inquisição pelo sexo conjugal deve ser por causa do celibato forçado.
A pedofilia também deve ser um efeito colateral.

A inevitável mudança

"Mesmo nos temas que não eram considerados dogmas de fé nem palavra infalível dos Papas – creio que desde João XXIII nunca mais se ouviu falar de nenhuma – caiu-se na armadilha de considerar muitas declarações importantes, para a orientação pastoral da Igreja, como definitivas e irreformáveis. Não se conseguiu favorecer o aprofundamento de valores permanentes, através de expressões mutáveis da sensibilidade cultural e ética de cada geração. Para não se cair no relativismo, tornou-se absoluto o provisório, uma forma degradante de idolatria.

Sem o dizer, talvez nos encontremos perante o começo de uma grande mudança.
A atitude do Papa deixou entender que nem tudo é definitivo."

Rad Trads: Papa debaixo de fogo

Agora,  foi a própria Inquisição que veio mandar calar o Papa, negando o que ele afirmou explicitamente a propòsito da admissibilidade do preservativo para prevenção da SIDA.

Vale a Bento XVI estarmos no século XXI  em que os tratos de polé são virtuais.

segunda-feira, 20 de dezembro de 2010

Espiritualidade

Sentei-me a um canto da Fnac a ler este livro e a sorrir.
Como pode alguém descrever experiências tão íntimas de espiritualidade que eu julgava únicas e irrepetíveis?
Porque não escrevemos sobre experiências místicas?
Por pudor.
Falar destes encontros com deus é como descrever um orgasmo ou um encontro amoroso.

O encontro

" A evidência de Deus... a evidência feita presença e a evidência feita pessoa, que os cristãos chama  de nosso pai e de quem aprendo que é sereno, de uma serenidade sem semelhança com qualquer outra, que não é a qualidade passiva que por vezes designamos sob este nome, mas uma serenidade activa , explosiva, ultrapassando toda a violência...."

Deus existe. Eu encontrei-O
André Frossard
Não deixa de ser interessante observar como o pietismo católico e a moralidade ascética radicam no pietismo protestante.
Nada mais protestante que o rigor pietista do cumprimento das normas.

A propósito da comunhão na mão

As Palavras definitivas:

“Tomai (nas mãos) e comei.” (Mc 14, 22; Mt 26, 26).

Hoje

Deus fala a cada um só antes de o fazer.

Então sai calado, com ele para fora da noite.
As palavras, porém, antes que cada um comece,
essas palavras nubladas, são:

Enviado pelos teus sentidos,vai até ao limite da tua saudade;
dá-me roupagens.
Atrás das coisas cresce como incêndio,
que as suas sombras dilatadas
me cubram sempre todo.

Deixa que tudo te aconteça: beleza e pavor.
Só é preciso andar: nenhum sentimento é mais longínquo.
Não te deixes apartar de mim.
É perto a terra
a que chamam vida.
Hás-de reconhecê-la
pela sua gravidade.

Dá-me a tua mão.

Rainer Maria Rilke. In O livro da vida monástica
"Uma freira chega após a morte à presença de Deus para o julgamento, e Deus disse: "Conheço o teu amor para comigo; quero ouvir o que pensas da vida que te dei e do mundo donde vens." A santa mulher suspirou: "Senhor, como evocar agora o que, na tua presença, me parece, mais do que nunca, lugar de horrível desterro?" Sobre os humanos disse: "Sempre pensei, Senhor, que são criaturas vis, manchadas com o lodo do pecado, obstinando-se nas suas próprias misérias, ignorantes da sua infinita pequenez e da sua enorme maldade."
"E o mundo?", perguntou o Senhor. "Vale de lágrimas, pátria de aflitos, arena de lutas, cela de mortificação", respondeu. E o Senhor observou: "Sem dúvida, sem dúvida... Mas também há algumas coisas belas: um pôr do Sol, as flores, certas paisagens..." A freira: "Escolhi para passar os meus dias um lugar tão árido que nem a erva conseguia crescer." ~

Deus proferiu a sentença: "Pobre mulher! Como te atreves a julgar assim a minha obra? Pensaste encontrar na terra apenas negrura e maldade e dores e lágrimas. Sempre lágrimas. Volta outra vez ao mundo. Conhece-o. Ama um homem, cuida de uma flor, saboreia um fruto, enche o teu coração até transbordar de afecto por toda a criatura, descobre e compreende a beleza que há na vida, a alegria que existe em viver, e depois volta."

Carnaval Rad Trad


Parece um corso carnavalesco mas não é. Um velho arcebispo tradicionalista defensor do rito tridentino e e da comunhão na língua, Cardenal Ranjith, passeou-se  assim pela multidão, numa exibição do mais radical mau gosto.
O que só confirma o que tenho  escrito sobre os tradicionalistas tridentinos. 
Dizem-se guardiões de um estética novecentista de sacralização do rito. A argumentação estética,  ancorada numa pseudoerudição é recorrente. Mas,  na prática,  a questão estética reduz-e ao brilho da pompa, à simbologia do poder, ao kitsch mais barroco.  Um Carnaval .

Igualdade democrática

Un Dios que no se percibe como fuente de perdón, no puede ser luz en el camino de la paz".
"En un mundo que a menudo aprecia muchos dones del cristianismo - como por ejemplo la idea de la igualdad democrática, hija del monoteísmo evangélico- sin comprender la raíz de sus ideales, es particularmente importante mostrar que los frutos mueren si se corta la raíz del árbol".
Bento XVI, Dezembro de 2010

Papa debaixo de fogo

Os radicais rad trads apressam-se a anular as palavras explícitas de  Bento XVI sobre a admissibilidade do uso do preservativo na prevenção da SIDA em alguma situações.

Trata-se de um verdadeiro ataque concertado vindo de dentro, de franjas ultra-radicais,  ao actual papa  que estaria assim sujeito a um verdadeiro ataque de " fogo amigo".

Muito interessante esta atitude suicidária.

domingo, 19 de dezembro de 2010

A verdade

"Há problemas sociais graves que tocam a vida de muita gente, que têm de ser compreendidos em todas a suas vertentes, e debatidos, com liberdade e respeito, em ordem a novas orientações e decisões.
Se não se trata de fazer e dizer para agradar, também não se pode passar ao lado e fazer silêncio por se temerem as consequências.
Quem está ainda fascinado pelos faustos históricos e só vê a Igreja como casa pacificada e bem arrumada, afasta os que podem trazer perturbação. Bento XVI mostra que não é esse o seu caminho e não pode ser esse o caminho da Igreja.
Bento XVI deu, publicamente, um passo renovador ao falar de problemas, concretos e actuais, fora dos canais tradicionais. (...) Bento XVI diz à Igreja que não há problemas que não devam ser reflectidos e que fugir às questões vitais é fugir à vida, atitude histórica de que nem sempre ela esteve isenta.Os passos dolorosos, antes e depois do Concílio, dados por teólogos eminentes; as lutas corajosas e perseverantes de alguns heróicos padres conciliares; os caminhos novos, teimosamente procurados por bispos, padres e leigos, ao longo dos últimos quarenta anos; a tentativa persistente de derrubar os muros de divisão dentro da Igreja e da Igreja com o mundo, tudo isto tem agora mais brilho e estímulo, assim esperamos."

António Marcelino, bispo de Aveiro, emérito

Dezembro

la Inmaculada no se refiere ni a la sexualidad, ni a la virginidad, ni a la pureza sin mancha alguna. Esta prerrogativa de María, la madre de Jesús, se discutió, se elaboró y se definió en un tiempo en el que no se sabía lo que hoy sabemos con sobrada certeza sobre los orígenes de la humanidad y sobre todo lo que gira en torno a la idea del “pecado original”. Ocurre en esto algo que se puede comparar con lo que pasaba cuando la Iglesia condenó a Galileo. Hoy, la Iglesia no lo condenaría porque los conocimientos científicos no lo permiten. Pues algo parecido se puede (y se debe) decir de los orígenes de la humanidad y de la explicación que se le ha dado al llamado “pecado original”. Por eso, para ilustrar nuestra fe y nuestra devoción a María, resulta necesario hacer una re-lectura de lo que queremos decir cuando afirmamos que la Madre de Jesús fue “inmaculada”, es decir, “sin-mácula” o sea “sin-macha”.

José Maria Castillo

A invenção do pecado

Se llamaba Agustín, y antes de ser bautizado a sus 33 años, había vivido con una mujer con la que tuvo un hijo llamado “Adeodato”, es decir, “dado por Dios”, como tú. Pero luego pensó que el amor puro no ha de ser carnal, y despidió a su pobre compañera y se quedó con el hijo, y luchó denodadamente hasta la muerte contra todos los sentidos y deseos corporales.
Pues bien, él fue el que inventó la idea del “pecado original” como luego se ha entendido y como hoy todavía, después de los 1600 años que han pasado, muchos siguen entendiendo, incluso en Arroa: un terrible pecado de Adán y Eva (más de Eva que de Adán, a decir verdad) que debió de enfadar muchísimo a Dios y cuya culpa y castigo hemos heredado todos sus descendientes. La ira y el castigo de Dios para quien no está bautizado.
En realidad, San Agustín llegó a esa siniestra idea sobre Dios por saber poco griego, y por haber traducido erróneamente una inocente palabra de San Pablo en la carta a los romanos (5, 12), ephautó, que no quiere decir “en él”, como pensaba Agustín, sino -”puesto que”, como traducen hoy todos.
San Agustín pensó que nosotros seguimos sufriendo porque pecamos “en él” (en Adán, o Eva), es decir, porque heredamos su culpa, pero Pablo quería decir que seguimos sufriendo “puesto que” seguimos “pecando”, es decir, haciendo daño, igual que Adán y Eva.
 Corregido el malentendido gramatical, nos correspondería corregir el dogma, pero a la iglesia le cuesta demasiado reconocer errores (es su particular pecado original). "

O mais belo texto do dia

Sea como fuere, es claro que los católicos no pueden celebrar este día, ni bendecir a la Inmaculada del Cielo, sin ofrecen palabra de Bendición, de limpieza, de acogida y libertad, a las mujeres concretas de la tierra. Miles, millones de mujeres parecen llevar todavía (y quizá hoy más que nunca) una “maldición”: La maldición de haber nacido mujeres en un mundo machista, sexista, patriarcalista, en un mundo donde ellas ocupan el escalón más bajo.  Por eso, mientras haya mujeres “maculadas” (es decir, heridas y manchadas, sin acceso a la plena dignidad, objeto de trata de blancas) por la prepotencia de los varones no se podrá celebrar plenamente a la Inmaculada. Mientras ésta sea fiesta dictada por varones (¡ellos han dicho lo que tiene que ser la mujer Inmaculada!), será una fiesta al menos sospechosa. Mientras ser “inmaculadas” sea “privilegio” de mujeres “separadas” y no don y privilegio para varones y mujeres, no se puede celebrar bien esta fiesta.
Vale a pena ler o texto integral .

Católica ordenada

Dijo misa hace 31 años. Ha ejercido el sacerdocio en la clandestinidad, en Checoslovaquia, con el secretismo de un espía.
Salió de casa con el vestido largo de color negro de los domingos. Eran las doce de la noche del 28 de diciembre de 1970. Miró a izquierda y derecha para cerciorarse de que nadie la estaba espiando y, casi corriendo, recorrió la corta distancia que la separaba del piso del obispo. En el despacho de Félix María Davidek, arzobispo de Brno, todo estaba preparado. Ludmila Javorova llamó al timbre dos veces largas y una corta, la señal convenida. Estaba radiante de felicidad. Por fin, a sus 38 años, iba a ver cumplido el sueño de su vida. Antes de iniciar el viejo ritual, monseñor Davidek volvió a preguntarle: «¿Quieres recibirlo?», dijo él.«Sí, quiero», respondió ella.
Entonces, el arzobispo católico Davidek inició el ritual del sacramento del orden sacerdotal, le impuso sus manos, como signo externo del mismo, en la ciudad morava de Brno, ante la presencia, como testigo, de un hermano del arzobispo. A continuación, ella celebró su primera misa, realizó su primera consagración del pan y del vino y dio su primera bendición a las dos personas presentes. «De vuelta a casa, lloraba a borbotones por todos los años en los que había contenido mis lágrimas», recuerda.
Desde entonces, se convirtió en la primera «sacerdotisa» católica del mundo en los últimos 20 siglos (muchos teólogos suelen asegurar que, hasta el siglo I, la Iglesia católica contó con mujeres sacerdotisas y diaconisas).
Como tal, Ludmila celebraba misa todos los días, sola, en su casa de Brno, sin que ni siquiera sus padres lo supiesen. Eran los años de plomo de la dictadura comunista en Checoslovaquia y en todo el Este de Europa. La Iglesia católica estaba perseguida, controlada por el Estado. Le llamaban la «Iglesia del silencio» y la «Iglesia mártir». El actual arzobispo de Praga, monseñor Vlk, trabajó más de 20 años como un simple limpiacristales...
Para despistar a la policía comunista, el arzobispo Davidek ordenó en secreto a 17 obispos, algunos de ellos casados y con familia, y a 68 sacerdotes varones, muchos de ellos casados. Ella guardó el secreto, pero muchos de los católicos clandestinos eslovacos de entonces conocían su condición sacerdotal y la aceptaban como tal. Más aún, llegó a ser «vicaria general», es decir, la número dos de la archidiócesis de Brno. Tras la caída del Muro de Berlín, salió a la luz la existencia de la Iglesia clandestina checoslovaca.Y con ella, la existencia de una mujer sacerdote.
Ludmila esperó hasta 1989, año de la «revolución de terciopelo», para pedir el reconocimiento eclesial y la ayuda del Papa. «Primero intenté fijar una entrevista con el Papa por medio del cardenal Wyszynski de Polonia, pero sin conseguirlo. Después le pedí ayuda directamente para que me aceptase como soy. Le escribí una carta», que decía simplemente: «Santo Padre, he recibido la ordenación sacerdotal en estas circunstancias, y ahora se lo comunico».
"Desde lo hondo. La historia de Ludmila Javorova», de Miriam Therese Winter.

Das trevas

È uma experiência verdadeiramente tenebrosa ler as várias versões da doutrina católica sobre a questão da gravidez ectópica em publicações doutrinárias católicas. O total desprezo pela vida e pelo corpo das mulheres, coisificadas em meras incubadoras  de carne.
Graças a Deus, mil graças, por um Estado laico onde as mulheres não são animais cuja função é procriar, como na Teologia Católica tradicional e onde uma gravidez ectópica implica sempre a remoção do embrião antes da hemorragia fatal.
João César das Neves escreveu mais um inspirado artigo contra os preservativos. Que aumentam a promiscuidade e tal, que só são utilizados por adúlteros e prostitutas ou, pior ainda, por gays. Enfim, as tontices do costume.
Fiquei então com a ideia (quiçá falsa) que o César das Neves nunca usou um preservativo na sua santíssima e (boring..) vida e se calhar nunca fez o teste da SIDA.È possível, mas arriscado. Pelo sim pelo não, convém sempre fazer o teste.
Ora se o inefável César das Neves nunca usou um preservativo, deve usar de certeza ( ou a mulher dele usa) outros meios contraceptivos igualmente eficazes e igualmente anticatólicos.
É que o César das Neves tem apenas quatro filhos. Coisa pouca.
Quatro filhos para um católico fundamentalista é uma espécie de oxímero, um paradoxo absurdo, a prova evidente que não seguiu as normas da igreja sobre os pecadilhos da contracepção.
Tal controlo da natalidade ( quatro filhos apenas) NÂO PODE SER EXPLICADO pelos esburacados métodos contraceptivos ditos naturais.
São contradições.
È por isso que gosto do JCN. Acho-o um homem muito divertido. Ao nível do Pedro Arroja.
Quando escevem sobre sexo e religião transfiguram-se num ápice - de cinzentões economistas a exímios Stand-Up Comedy Performers.

Manhãs

Acordo muito cedo, por motivos de trabalho e sinto quase sempre uma misteriosa alegria.
Movo-me pela casa atenta aos respirares vários que por lá se cruzam.
Durante anos acordava várias vezes durante a noite para vigiar sonos e sonhos, fraldas e biberões, febres nocturas, benurons xarope e pesadelos infantis.
Pelas minhas contas foram quinze anos seguidos, de entrar em quartos e ver se estava tudo bem, aconchegar cobertores caídos, apanhar peluches ensonados, acalmar cólicas, fazer biberons à pressa, de olhos semicerrados ( eu a contar as doses do leite em voz alta,para não me enganar, uma colher, duas, três , quatro), os tropeções no corredor, o "agora vai lá tu que eu quero dormir um bocadinho", as crises de asma, as otites, todos com febre ao mesmo tempo e a casa a parecer uma ala do hospital pediátrico à sexta-feira...
Em algumas noites ainda por uma questão de hábito passo pelos quartos dos miúdos.
No entanto, dou por mim a surpreender-me por estas noites longas sem interrupções agudas e acordo cedo, a lembrar-me dos sonhos todos e sinto quase sempre uma misteriosa alegria.

os ditadores pequeninos ou a justificação católica da ditadura

As questões da governação de um país de tradição católica como Portugal não podem ser discutidas no meio do povo, incluindo o povo formado nas universidades. Têm de ser discutidas entre pares, que constituem a elite da sociedade, e que se reconhecem mutuamente pelas suas caracteríticas comuns e invulgares na sociedade, entre elas a capacidade de pensamento abstracto. Estas questões têm de ser discutidas em pequenos círculos, tertúlias de iguais, de modo a estarem prontas quando o momento oportuno chegar. E nessa altura serem comunicadas ao povo, não admitindo qualquer discussão. "

Pedro Arroja

Maria Joaquina 2

Maria Joaquina vai. Não lhe basta ser exibida de feira em feira, desculpem, de reunião em reunião de quicos, como a mãe exemplar de treze filhos.
Mandam os chefes que vão todos a estas reuniões ibéricas, de autocarro, a exibir a prole e a barriga ainda flácida da última gestação.
Joaquina queixa-se da sua vida, mas muito baixinho, que deus nosso senhor, na sua bondade, abençoou as mulheres com varizes, peles descaídas, estrias arroxeadas no abdómen, mamas a escorrerem para o umbigo e surtos cíclicos de depressão post-parto.
Deus nosso senhor sabe muito bem o que faz, e se Maria Joaquina parece que tem cinquenta anos num corpo de 32, tem de aguentar, porque essa é a Sua vontade.
( Não a dela, que tantas vezes chora na casa de banho a olhar-se ao espelho).
Maria Joaquina vai a Madrid.
Leva na bagagem quantidade suficiente de antidepressivos e neurolépticos para uma semana.
Uma santa, uma santa, garante o seu director espiritual, que organiza a excursão dos quicos

Maria Joaquina 1


Todas as formas de ditadura se esforçaram por ter batalhões de crianças para adestrar. Das ideologias fascistóides ao grande pai da pátria estaline, passando pela coreia do norte, não há ditadura na história da humanidade que não tenha tido a preocupação de produzir crianças. em massa e obrigar incentivar as mulheres a parir em maior quantidade possível.

Lembrei-me disto a propósito da manifestação em Madrid que vai ser organizada pelos quicos a 2 de Janeiro, sob o obscuro augúrio do Rouco Cardeal.
As criancinhas vão ser exibidas em bandos, como troféus de carne, os filhos de cristo, os eleitos, os verdadeiros católicos

A urgência

"A entender que isto vai aumentar: elas já não aguentam como antes e eles ainda não se modificaram.
E continuo a não registar nos sectores conservadores ( Igreja e CDS-PP, por exemplo) uma atitude dura, e sistemática, de protecção da família tradicional."

No Mar Salgado
 

A necessária Educação (sexual, incluída)

Maria Joana não gosta de ler. Em vez disso insulta todos os que escrevem umas coisitas contemporâneas. O amante, bem mais mais velho, corrobora cada insulto com uma erudição fingida.
 Era o que lhe faltava uma mulher letrada. Inda por cima a ler modernices como o teillard de chardin.

Natal

40 mulheres mortas.




A brutalidade sem fim.



È Natal.

Coisas simples em duas horas ( Intervenções com jovens)

Explicar que a masturbação faz parte do normal (des)envolvimento humano.
Explicar o conceito de intimidade amorosa.
Explicar a fisiologia do ciclo de resposta sexual humana.
Explicar que sexualidade não se reduz ao coito.
Fazer pensar sobre mitos.

Do Chile, com amor

A opção pela alegria é inseparável da opção pelo homem. Ela enche-nos de uma compaixão sem limites.Saborear, por muito pouco que seja, a alegria de Deus faz de nós mulheres e homens de comunhão.

Homens de pouca fé

Éste es el domingo de José o, mejor dicho, de la fe de José, que ha sido el primero de los creyentes de la Navidad, según Mateo. Es evidente que no podemos quitarle del “nacimiento”. En José estamos representados nosotros, todos los varones, y en especial los “servidores” de la Palabra, que son los que forman el clero. A él se le piden varias cosas:
a) Que escuche la Palabra de Dios, en fidelidad, superando el nivel normal de las razones. Éste es el domingo de la “conversión” de José, una conversión de los varones que aún no se ve clara en ciertos estamentos de la Iglesia.
b) Que acepte a María, es decir, que crea en ella. Creer en Dios significa que creer en una mujer, creer en la mujer, en circunstancias duras y difíciles. He dicho que parte de la Iglesia, y en especial su jerarquía, no ha realizado todavía el camino de José. Ha elevado a María, para ponerla en una peana, pero no cree en ella, no cree en las mujeres, como portadoras de una palabra del Espíritu Santo.
Xabier Picasa

Vaticano 2035

Monsenhor Pietro de Paoli é um case study a seguir. Em boa verdade, ninguém conhece a sua verdadeira identidade, a não ser que pertence à Cúria Romana, é um profundo conhecedor dos meandros do vaticano ao mais alto nível, dos aspectos diplomáticos às  questões de fundo que a igreja católica enfrenta neste início de milénio.
O seu best-seller,  Vaticano 2035, publicado em 2005, o ano da morte de João Paulo II,  é de uma arrepiante premonição de alguns desafios  e possibilidades actuais.
No livro, entre 2013 e 2023, a civilização enfrenta a sua Década Negra: uma nova epidemia  mata milhões de seres humanos; o obscurantismo religioso reaviva os medos ancestrais; ao movimento de Reconquista católico opõe-se o movimento deicida; a Guerra Santa estala na Índia; à Grande Crise de Jerusalém suceder-se-á uma frágil concórdia entre os homens. Por outro lado, a política do Vaticano sofre igualmente convulsões graves. No livro existe um papa, Bento XVI que resigna e  Pio XIII ascende ao trono de S. Pedro dando largas ao mais tenebroso fundamentalismo católico. Pio XIII  extingue a Companhia de Jesus, que se organiza em bolsas de resistência na América do Sul e persegue os "católicos modernistas". Os Templários de Cristo (uma seita igual  aos legionários de cristo) conquista o poder no seio da Igreja, que se afunda nas trevas.
De notar que o livro foi publicado muito antes de se terem tornadas públicas  as informações do escândalo dos legionários de cristo,  da pedofilida clerical e de uma certa tendência fundamentalista católica mais radical.
"Vaticano 2035" é a história do recomeço da Igreja, e a biografia de um futuro papa  - Papa Tomé I, viúvo, duas filhas que realiza uma profunda renovação da Igreja Católica.
Nesta ficção de fundo entrelaçam-se factos exteramamente actuais, como o clima de violência e medo dentro da Igreja associado a movimentos fundamentalistas radicais,  as questões das seitas católicas e do seu poder dentro do Vaticano, o diálogo inter-religioso, a ordenação de   mulheres e homens casados, etc.

A urgência

O  último livro de Monsenhor Pietro de Paoli ,  "LA CONFESSION DE CASTEL GANDOLFO" é igualmente fascinante - trata-se de um relato ficcional em que um actual papa, Bento XVI, se confessa a Hans Küng , abrindo-lhe o coração.
Muito bom.
O autor,  Pietro de Paoli continua na sombra, mas pode ler-se uma rara entrevista neste blogue, que conclui desta forma:
"Ne croyez pas que nous sommes à la fin d’un monde, le monde occidental chrétien, ne regrettez pas un soi-disant âge d’or, il n’y en a pas eu.
Nous sommes, comme chaque génération, les premiers chrétiens.
Regardons devant nous.
Je crois que la promesse que Dieu fait à l’humanité et qu’il tient dans le Christ
est belle et bonne.
Aujourd’hui, Dieu nous fait grâce.
Aujourd’hui, il renouvelle le monde.