Monsenhor Pietro de Paoli é um case study a seguir. Em boa verdade, ninguém conhece a sua verdadeira identidade, a não ser que pertence à Cúria Romana, é um profundo conhecedor dos meandros do vaticano ao mais alto nível, dos aspectos diplomáticos às questões de fundo que a igreja católica enfrenta neste início de milénio.
O seu best-seller, Vaticano 2035, publicado em 2005, o ano da morte de João Paulo II, é de uma arrepiante premonição de alguns desafios e possibilidades actuais.
No livro, entre 2013 e 2023, a civilização enfrenta a sua Década Negra: uma nova epidemia mata milhões de seres humanos; o obscurantismo religioso reaviva os medos ancestrais; ao movimento de Reconquista católico opõe-se o movimento deicida; a Guerra Santa estala na Índia; à Grande Crise de Jerusalém suceder-se-á uma frágil concórdia entre os homens. Por outro lado, a política do Vaticano sofre igualmente convulsões graves. No livro existe um papa, Bento XVI que resigna e Pio XIII ascende ao trono de S. Pedro dando largas ao mais tenebroso fundamentalismo católico. Pio XIII extingue a Companhia de Jesus, que se organiza em bolsas de resistência na América do Sul e persegue os "católicos modernistas". Os Templários de Cristo (uma seita igual aos legionários de cristo) conquista o poder no seio da Igreja, que se afunda nas trevas.
De notar que o livro foi publicado muito antes de se terem tornadas públicas as informações do escândalo dos legionários de cristo, da pedofilida clerical e de uma certa tendência fundamentalista católica mais radical.
De notar que o livro foi publicado muito antes de se terem tornadas públicas as informações do escândalo dos legionários de cristo, da pedofilida clerical e de uma certa tendência fundamentalista católica mais radical.
"Vaticano 2035" é a história do recomeço da Igreja, e a biografia de um futuro papa - Papa Tomé I, viúvo, duas filhas que realiza uma profunda renovação da Igreja Católica.
Nesta ficção de fundo entrelaçam-se factos exteramamente actuais, como o clima de violência e medo dentro da Igreja associado a movimentos fundamentalistas radicais, as questões das seitas católicas e do seu poder dentro do Vaticano, o diálogo inter-religioso, a ordenação de mulheres e homens casados, etc.
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